sábado, 8 de setembro de 2012

QUIETUDE


Acordei com vontade de ver o mar, não sei, talvez pela necessidade de me buscar, de encontrar comigo mesmo, descobrir coisas do meu oculto que ainda não sei, porém não foi possível ir ver o mar e o máximo que pude fazer foi deitar sobre o tapete da sala, fechar meus olhos e me transportar para praia.... e, com meus olhos fechados viajei num profundo onirismo, e me vi, me senti deitada na areia da praia, com os olhos fechados e ali voltei ao passado, estive com meus amados antepassados, minha mãe na cozinha fazendo bolo, minha avó sentada na sala fazendo crochê, minha tia passando roupa e meus primos correndo atrás de mim às gargalhadas.... me vi parando e dando um beijo na face da minha mãe, ouvi minha vó gritar, "Sossega Carina", meus primos rindo de mim, porque eu sempre era culpada de tudo, por ser a mais levada.... vi tudo isso e matei saudades de tempos bons de infância... senti a quietude da minha alma, o resplendor trazido com o vento aquecer minha face e um suave perfume que lembrava minha mãe, não me contive, chorei, chorei de felicidade, pois eu descobri uma maneira de encontrá-los, descobri que estão dentro de mim, no meu coração, no meu subconsciente preservados perfeitamente a minha espera.
Dali então, abri meus olhos e de volta estava deitada no tapete da sala, com meus olhos cheios de lágrimas e com o coração feliz, tranquilo e grato pelo sublime momento que vivenciei.

Carina Morais
08/09/2012
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